Guilherme Menezes e as eleições em Conquista

Carlos CostaCarlos Costa

Desde minha infância acompanho as campanhas políticas em nossa cidade. No decorrer desses anos acompanhei de perto muitos pleitos eleitorais e fui testemunha ocular de fatos que não são do conhecimento da maioria da população conquistense.

Nesse tempo presenciei de tudo um pouco. Vi numa eleição para prefeito cabos eleitorais de um candidato, abrir as urnas e tirar votos dos demais candidatos e no lugar dos mesmos colocar cédulas com votos para o candidato que naquela eleição foi eleito prefeito. Esse episódio aconteceu nas dependências do Posto dos Correios no Distrito de José Gonçalves. Vi noutra eleição municipal o grupo da situação se apossar do processo eleitoral de tal forma que conseguiu até fazer a impressão das cédulas eleitorais numa gráfica da nossa cidade. As cédulas foram manipuladas com um produto químico e o resultado foi que aquela eleição teve o maior índice de votos em branco de toda a história do nosso município. O candidato que despontava em todas as pesquisas com mais de 70% das intenções de voto foi derrotado para tristeza geral do eleitorado conquistense.

Vi em 1992 um radialista usar os microfones de uma rádio em pleno dia das eleições para divulgar o resultado de uma pesquisa mentirosa de boca de urna; entrevistar o seu candidato a prefeito e alguns políticos que também o apoiavam, além de pedir votos escancaradamente para o seu candidato. O radialista vilipendiou a Lei Eleitoral e cometeu diversos crimes passíveis de punições. Quando foi ao meio-dia a rádio foi invadida por um vereador da situação, na época, inimigo político e pessoal do radialista, acompanhado por um juiz da Justiça Eleitoral. O vereador, indignado por causa dos crimes eleitorais que o radialista estava praticando, partiu para cima do mesmo com socos e pontapés. A rádio foi fechada pelo Juiz e o radialista só não foi preso por causa da interveniência de dois deputados e um ex-deputado que estavam presentes no estúdio da rádio.

Vi candidatos a vereador ganharem eleições usando o INSS e o antigo FUNRURAL para aposentar pessoas em troca do voto, outros se elegeram graças à distribuição de cestas básicas, filtros de água, cobertores e até entregando água em carros pipas. Nesse tempo vi muitas pessoas serem corrompidas pelo dinheiro e pelo poder. As eleições eram cartas marcadas e antes mesmo de começar a votação já se sabia quem seria o vitorioso.

Presenciei também eleições limpas e sem máculas em que a vontade do povo foi respeitada. Com o advento das urnas eletrônicas, que foi usada pela primeira vez no Brasil no pleito eleitoral de 1996, as eleições ficaram mais difíceis de serem fraudadas. Tanto é verdade que tem radialistas e políticos com saudades das urnas de lonas que eram facilmente violadas. Já ouvi radialistas dizendo que as urnas eletrônicas são fáceis de serem violadas e que as mesmas não possuem segurança nenhuma. Aí eles apelam para o silogismo: “Se urnas eletrônicas fossem confiáveis e seguras os americanos já tinham adotadas há muito tempo”.

Em 1996 a população conquistense, cansada do atraso e do caos que imperavam em nossa cidade, foi às urnas e sufragou o nome do Dr. Guilherme Menezes para prefeito de Conquista. Apesar da distribuição de cestas-básicas, cobertores, água e exames médicos por parte dos seus concorrentes, Guilherme venceu as eleições e criou em Conquista uma nova forma de se fazer política. Desde 1996 o eleitorado conquistense já não convive mais com as práticas tão imorais que eram comuns em nossa cidade. No ano passado, ainda no mês de janeiro, o então Secretário de Administração Eliabe Gouveia, seguindo ordens do prefeito, enviou uma circular a todos os setores e secretarias municipais instruindo os servidores públicos para que não realizassem nenhuma prática que viesse configurar crime eleitoral. Creio que o prefeito Guilherme Menezes preferiria perder uma eleição a ganhá-la de maneira fraudulenta!

Quem conhece e convive com o prefeito de Conquista sabe do seu zelo, o seu respeito pela Justiça e como ele abomina a compra de votos ou o uso da máquina pública para ganhar uma eleição. Em todas as eleições que o Dr. Guilherme disputou jamais houve qualquer ato que viesse arranhar a sua imagem de homem público. Ele sempre soube dissociar, durante a campanha política, os atos como prefeito e os atos como candidato. Nunca nem ao menos o veículo da prefeitura que serve ao seu gabinete foi usado enquanto participava da campanha política. As coordenações das campanhas sempre disponibilizam veículos para serem usados pelo prefeito durante a campanha. Já presenciei muitas vezes o prefeito sair para participar de um ato administrativo usando o carro oficial do seu gabinete e logo depois retornar para a prefeitura apenas para trocar de carro e seguir para um evento político. Nos Estados Unidos o presidente Barack Obama fez toda sua campanha visando à reeleição a bordo do avião presidencial Air Force One. Imagino o burburinho que seria se o candidato Guilherme Menezes usasse o carro oficial para fazer campanha política.

Há no Brasil uma onda de denuncismo perpetrada com a única finalidade de destruir o Partido dos Trabalhadores. Como a oposição não tem conseguido derrotar o PT nas urnas e ela quer conquistar o poder a qualquer custo, está usando a estratégia de denegrir a imagem do partido e dos seus líderes, tentando colar nos mesmos a pecha de que todos os políticos são corruptos. Essa oposição, que aqui em Conquista dá seu último suspiro, age sorrateiramente com intuito de macular a administração do PT e partidos coligados em nossa cidade. Em nenhum lugar do Brasil existe uma emissora de rádio que passa o dia todo criticando o prefeito, o governador do estado e o Governo Federal como acontece aqui em Conquista! Em nossa cidade o radialista Ficha Suja desrespeita o Judiciário, o Legislativo, o Executivo e os ouvintes que não aguentam mais ouvir suas cantilenas eivadas de mentiras, ódio e espírito de vingança! Ele sim é que deve ser punido por transformar uma concessão pública em um palanque perpétuo para propagar mentiras, achincalhar as pessoas e fazer politicagem constantemente.

O povo conquistense é sábio e tem dado resposta ao radialista nas urnas. O seu desvario insano o tem transformado num político mesquinho, sem ideologia e sem futuro. O episódio da licitação do transporte coletivo nos tem mostrado o quanto o radialista age de má-fé, truncando os fatos, escondendo a verdade e mentindo descaradamente. Confiamos na Justiça Eleitoral da nossa cidade que é composta por magistrados honrados e sérios ao ponto de não serem influenciados pelo discurso demagógico e imoral do candidato perdedor que teima em não aceitar o veredicto das urnas!


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