Conquista: SIMMP diz que Educação paga R$ 24 milhões a servidores de outros setores

Fotos: Blog do Anderson
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Com o nome do programa da Rede Globo Bola Murcha, em alusão aos péssimos praticantes de futebol, a professora Geanne de Cássia Oliveira, presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), acrescentou à sua campanha em protesto ao Executivo Conquistense o slogan: Jogando com a educação o governo de Vitória da Conquista é bola murcha. Em greve por tempo indeterminado desde a quarta-feira (23), a sindicalista apresentou à imprensa uma série de planilhas que, segundo ela, demonstra irregularidades na Secretaria Municipal de Educação com um possível desvio de recursos para outros setores para Administração em torno de R$ 24 milhões.

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“Em greve por tempo indeterminado até que a prefeitura possa nos explicar onde foi parar R$ 24 milhões da folha da educação de Vitória da Conquista e possa, no caso de não provando a diferença de R$ 24 milhões ano, investir esse dinheiro na reformulação da carreira do professor”, comentou Oliveira em entrevista ao Blog do Anderson, no final da manhã desta quinta-feira (24). Segundo a Geanne Oliveira, os dados foram apurados juntamente ao Tribunal de Contas dos Municípios e no Portal da Transparência da Prefeitura de Vitória da Conquista.

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“Ao fazer essa pesquisa nós verificamos que a Secretaria Municipal de Educação possui nos seus quadros de servidores 1663 efetivos contra 2364 contratados. Só aí já é um motivo de ilegalidade. Depois nós descobrimos, também nessa pesquisa, que estão recebendo dentro dessa folha da Educação de R$ 47 milhões ano, porque a Educação, segundo a nossa pesquisa, tem uma folha mensal de R$ 4.140.764,18. Aqui dentro desses R$ 4 milhões estão gari, administrador, agente de fiscalização, agente de segurança, agente de administração, auxiliar de obras e serviços, mecânico, contador, psicólogo e tantos outros que no nosso entendimento não poderia estar sendo pagos com dinheiro da Educação”, afirmou acrescentando que outros 700 nomes não apresentam as descrições de suas funções. Ouça a entrevista na íntegra a seguir.


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