Bahia, sucursal do Estado islâmico

Celino SouzaCelino Souza

As recentes notícias que nos chegam da Bahia provocam arrepio e medo. De repente, como se nem decreto houvesse, transformaram a “Terra de Todos os Santos” em “Território de Alguns Demônios”.  Como se estivéssemos em meio a uma guerra civil não declarada, onde cada um age a seu bel prazer, assistimos pelo noticiário, lemos em jornais e visualizamos em blogs e redes sociais notícias bizarras. Poderiam ser extraídas de filmes de terror ou de guerra, mas não. São reais e absurdas aos olhos da sociedade civil organizada. Em Salvador, policiais militares são presos após espancar, conduzir e – pasmem, acusados de degolar vivo um rapaz de prenome Geovane.

Quase que na mesma data, nos chega a informação de que o fazendeiro Norberto da Silva Moraes, de 42 anos, decepou os dois braços do pedreiro Josemar Ferreira de Souza, 32 anos, sob acusação de a vítima ter-lhe furtado ovelhas. O delegado do caso, Arnóbio Dionísio Soares, desmentiu essa versão.

Para fechar o quadro de horrores do dia, um cão da raça pit-bull foi encontrado ás margens da BA 265, que liga Vitória da Conquista a Barra do Choça, com uma bala de revólver alojada na cabeça. O cão foi atendido numa clínica veterinária e será submetido a uma cirurgia para extração do projetil.

São fatos que também podem ocorrer em qualquer um dos demais estados da Federação, mas é aqui na Bahia que eles encontram eco. Aqui, em nossa falida e combalida Bahia da propaganda, do descaso e da vil disputa política pelo poder.

Não demora e, tal qual no cruel Estado Islâmico, não mais teremos direito a voto para governador. Vamos ser impostos a califas. Voltemos aos protestos. Que nosso grito de rejeição seja como mísseis teleguiados em direção aos facínoras. A hora da guerra contra o terror é agora. Seja nas ruas, seja nas urnas.

Celino Souza, jornalista


Uma Resposta para “Bahia, sucursal do Estado islâmico”

  1. Sérgio

    Celino, não misture alhos com bugalhos!

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