A nova fase da “Política Conquistense”

Foto: BLOG DO ANDERSON
Foto: BLOG DO ANDERSON

Marcos Andrade

A decisão do PCdoB em construir sua candidatura própria e por consequência deixar o cargos no governo municipal, repercute em Vitória da Conquista e na Bahia. Primeiro, demonstra desapego, e depois destrói a ideia de que para crescer é preciso estar em cargos de governo. Na verdade, demonstra uma lógica inversa, deixar os cargos abre um rol de novas possibilidades, liberando o partido para o exercício da política com identidade e baseado numa agenda que não depende mais do PT, contrariando a ideia de que não há vida fora do governo municipal. Leia na íntegra.

O pré-candidato do PCdoB, cresce e rapidamente ocupa um vácuo na política da cidade, pois se caracteriza por ser um político jovem, inovador e atuante. Este projeto político tende a crescer e se firmar nas pesquisas de opinião, com forte possibilidade de chegar ao segundo turno. Certamente a bancada do PCdoB e aliados ultrapasse 1/3 da câmara, instalando um novo polo de poder naquela Casa.

Com esta jogada, o tabuleiro começa a se movimentar, o prefeito reforça os laços com os partidos de centro (PR, PSL, PTB e PP). Curiosamente a Frente Conquista Popular se desfaz internamente , dando origem a um subproduto bizarro que preserva o nome original, mas tem como pano de fundo a centralização do poder no gabinete do prefeito e a unidade partidária baseada em interesses pragmáticos.

Aos partidos originais da Frente (PV e PSB), alijados dos espaços de decisão, resta manter a relação com o governo municipal, o que na pratica vai aniquilando as chances dos parlamentares dessas organizações ou optar por um caminho de independência que possibilitaria o crescimento e a ocupação de mais  espaço no parlamento.

Destacando que o eleitor conquistense está mais exigente e aposta na renovação política no município. As velhas práticas e discursos ultrapassados não convence o eleitor, que exige mais da gestão pública, melhorando a qualidade de vida e apontando perspectivas de futuro.

Arrisco a dizer que este rearranjo das forças coloca o deputado Fabrício como um importante  “player” da disputa eleitoral que se avizinha, exigindo dos grupos da oposição e do governo uma renovação do projeto e dos nomes para a disputa.

O fato é que a política em Conquista ganha cheiro e sabor, deixa de ser insossa, sai do lugar comum. Os setores organizados e formadores de opinião, são chamados a opinar participar. A política deixa de ser exercida por iluminados, exigindo das forças que saiam da sua zona de conforto e entrem no jogo, pois “time que não entra em campo, não forma torcida”. O PCdoB entrou em campo!


4 Respostas para “A nova fase da “Política Conquistense””

  1. Marcelo Guerra

    Só não podem se apropriar do nome Grupo Independente, uma vez que, já há na cidade a dois anos um grupo que se intitula da mesma forma, formados por 7 partidos ( PTC, PT DO B, PRP, PSDC, PEN, PHS), e coordenado por Romilson Filho. De notório saber dos entusiastas dos tratos políticos locais o Grupo Independente genuíno de Conquista não permitirá que o PC do B se apropria deste nome na cidade. Certo da capacidade deste novo grupo de opositores da Câmara Municipal em conseguir um nome sugestivo e pertinente ao novo momento do PC do B, agradeço em nome do GI.

    Marcelo Guerra – Vice Presidente do PTC.

  2. adailton paixão

    amigo marcos acho que a sua opinião foi muito equivocada pois na minha analise politica conhecimento polititico a decepção de fabricio vai ser pior em conquista de que a eleição de deputado,pois tire esse pensamento de psb e pv pois os partidos estão esvvaziados e vai esvaziar mais ainda,pois até então o pcdob não tinha ninguem até a eleição de 2008 e teve que se coligar com o pv pois o pcdob com 3 vereadores agora não vai ninguem..

  3. eliane silva

    Acho que já vi esse filme no passado quando Fabrício apareceu como provável candidato a PMVC em 2012! Acreditei nas prévias passadas que Fabrício poderia ser um bom candidato para contrapor ao governo que aí está há tanto tempo, e que acreditamos carece de renovação (e que não são esses candidatos que a oposição tem insistido reiteradas vezes). Mas ele e o PC do B não tiveram coragem para tanto! Vamos ver o que o futuro nos reserva!

  4. manoel

    E os cargos,ainda nao entregam,porque?

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