Capital Baiana: professores da rede municipal entram em greve por tempo indeterminado

Foto: Divulbação
Foto: Divulbação

Os professores da rede municipal de ensino entraram em greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira(2), em assembleia realizada no estádio de Pituaçu. Os docentes reivindicam que parte da jornada de trabalho seja reservada para atividades extra-classe. A carga horária dos professores municipais pode ser de 20 ou 40 horas semanais. Os professores lutam para que 2/3 da jornada seja reservada para interação com os alunos, enquanto que 1/3 seja destinado aos estudos pessoais e planejamento de aulas, sem a presença dos estudantes. “A reserva da jornada de trabalho é uma conquista prevista em lei e sancionada em dezembro de 2014, mas não foi implementada em todas as unidades. Vamos buscar uma negociação com a Secretaria de Educação”, disse a diretora da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB), Elza Melo. Confira a reportagem do Correio.

Bellintani diz que jornada será implantada 100% até o dia 10

Em nota enviada à imprensa, o secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, diz que declarar greve por tempo indeterminado não reflete o desejo da maior parte da categoria. “A grande maioria dos professores não quer a greve. Esse movimento está sendo comandado por alguns partidos radicais que não aceitam os avanços proporcionados até aqui pela Prefeitura de Salvador na área da Educação”, diz Bellintani.

Segundo o secretário, a jornada integral será implantada completamente até o dia 10 de março. “A Prefeitura vai gastar por ano R$ 80 milhões para implantar a jornada integral. Tudo foi feito com muito diálogo. Agora a radicalização de um grupo pode prejudicar toda uma classe. Mas tenho certeza que o bom senso prevalecerá e a paralisação terá curta duração, até porque os alunos não podem ser prejudicados”, comentou Bellintani.


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