Ederlane Amorim: sem dinheiro, salários estão atrasados e o Vitória da Conquista poderá “até fechar as portas”

Foto: BLOG DO ANDERSON

Fundado há doze anos, o Esporte Clube Primeiro Passo Vitória da Conquista, mais conhecido como Vitória da Conquista ou simplesmente Conquista, rompeu fronteiras da Bahia e foi longe pelo futebol. Atualmente o Alviverde ocupa a 89ª posição no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com participação em importantes competições, entre elas o Campeonato Baiano, Copa Governador do Estado da Bahia, Campeonato Brasileiro da Série D, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Agora o Bode ultrapassa uma crise financeira que o presidente do Clube, Ederlane Amorim Silva, levou a público durante entrevista à Rádio Clube de Conquista logo após o empate com o Coritiba Foot Ball Club pela Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (8). “A falta de apoio, até o momento nunca tivemos o apoio municipal mesmo representando a cidade, a região pela 11ª vez em competição nacional, nunca recebemos nem um telefonema desejando boa sorte. Isso a gente sente porque sozinho, alguns abnegados que apoiam, mas a gente não tem estrutura nenhuma para disputar competições nacionais. Em detrimento a isso que nós escolhemos a Copa do Brasil”, afirmou ao repórter Guilherme Barbosa. “A gente está tendo dificuldade para cumprir com o nosso Campeonato Baiano. Não conseguimos pagar a folha de janeiro ainda e nem tenho previsão de quando vou pagar. Então como é que eu poderia escolher uma Série D abrindo mão desse recurso que recebemos da Copa do Brasil. E como nós poderíamos fazer um campeonato nacional da Série D no segundo semestre se a gente não tem dinheiro nem para alimentação. Então eu sempre bato nessa tecla, mas quem escuta ou não quer entender, ou finge que a gente não está falando a verdade ou apenas querem criticar cobrando uma decisão que não cabe a gente ser irresponsável neste momento. A gente prima pelo cumprimento, prima pelo bem-estar da equipe, mas a gente não pode cobrar de ninguém”, frisou clamando por ajuda de instituições locais e “talvez a Federação Bahiana [de Futebol]”. “Nos últimos cinco anos quem manteve o Clube foi o próprio Clube disputando essas competições de Copa do Nordeste e de Copa do Brasil. O ano que vem se a gente não conseguir essa vaga agora eu temo até pelo a sobrevivência do Clube, pode até fechar as portas, porque não se pode fazer futebol da maneira que a gente faz futebol sem nenhum tipo de apoio na cidade”, comentou. A esperança de manter viva a chama do Vitória da Conquista aconteceu numa reunião com o prefeito Herzem Gusmão Pereira nesta semana. “Nós tivemos uma reunião muito importante com o prefeito Herzem Gusmão, tocando nesse assunto, ele já manifestou que vai tentar apoiar o Clube de alguma maneira, então quem sabe isso ajude aí mais na frente, mas o retrato de hoje eu temo e sinto não só pelo Vitória da Conquista, mas por todos os times que fazem parte do interior da Bahia”, completou. A FBF ainda não se manifestou sobre o assunto e as medidas para manter o Conquista em atividade. Ouça a entrevista ao repórter Guilherme Barbosa, quando Amorim faz um balanço geral sobre a atuação do Bode nesta temporada.


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