Partido dos Trabalhadores: PT deve superar divergências e unir forças após reeleição de Everaldo, diz Valmir

Fotos: Divulgação | Jonas Santana

Depois de um final de semana de debates acalorados, típico da democracia interna do Partido dos Trabalhadores, os militantes petistas da Bahia já sabem quem vai comandá-los no próximo período. Everaldo Anunciação foi reconduzido ao posto maior da sigla com a maioria dos 310 delegados eleitos (167 contra 143) no Processo de Eleição Direta (PED), neste domingo (21). Além da eleição do presidente, as emendas da tese da chapa Optei foram aprovadas depois de uma vitória expressiva que aconteceu na votação do último sábado (20). Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a recondução de Anunciação na presidência do partido “propicia uma abertura para superar as divergências para o PT sair unido desse processo”. O parlamentar salienta que a vitória de Everaldo aconteceu após a unificação das correntes EPS, CNB e Trabalho.

“O PT nasceu para transformar o sistema político. A legenda amplia, nas esferas públicas, as opiniões políticas dos politicamente excluídos, dos economicamente explorados e dos culturalmente dominados. Então, temos de voltar a ouvir os movimentos sociais, sindicais e populares e desencarnar do governo federal, precisamos aceitar que mandato parlamentar não é governo. Fomos depostos por uma elite dominante que usa práticas tradicionais do mandonismo político do poder do capital. Vamos cobrar união do PT para que possamos derrubar o governo ilegítimo de Michel Temer, realizarmos uma eleição direta e elegermos Lula presidente deste país”, aponta Valmir.

Para o presidente estadual reeleito Everaldo Anunciação, a conjuntura agora é para eleger o presidente nacional na etapa do Congresso do partido em junho, além de traçar estratégias para o próximo período do ano. “Vivemos um tempo de caos na política nacional e esse é mais um momento para fortalecer o partido e todos os setores envolvidos. O importante desse processo interno é a construção dessa política com os movimentos sociais, como o MST, CUT, Fetraf, UNE, negros, mulheres, jovens, indígenas e quilombolas. Todos unidos para derrubar esse governo golpista e restabelecer a ordem no país com Lula presidente”, completa.


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