Transporte Público: Cidade Verde e Viação Vitória anunciam que o sistema faliu; vans faturam R$ 6 milhões/ano

Fotos: BLOG DO ANDERSON

O Transporte Público Conquistense permanece em pauta. Em nota a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Vitória da Conquista (ATUV), falou oficialmente das condições vivenciadas pela Viação Vitória e Cidade Verde: “Há algo de profundamente errado e quem está pagando pelo erro é o povo, juntamente com as empresas de ônibus. O sistema de transporte, outrora bem planejado e que demandou milhões de reais para ser montado, hoje encontra-se falido e a caminho do sucateamento. Isso é muito grave”. Esse problema é atribuído ao transporte através de vans e até carros de passeio sem as devidas fiscalizações. “O sistema perdeu 2 milhões e 300 mil passageiros, que migraram para o serviço clandestino, ocasionando um prejuízo de aproximadamente R$ 6 milhões. Não adianta apenas aumentar tarifa, no caso dos passageiros, isto tem inclusive um efeito contrário no sentido de trazê-los de volta aos ônibus”, diz a ATUV. “Os ônibus não fazem exclusão, não selecionam os passageiros, estão à disposição de todos.

As empresas legalizadas de ônibus, oferta meio milhão de créditos gratuitos e 500 mil passes estudantis. As empresas de ônibus não escolhem horários bons ou ruins para operarem as linhas, geram em Conquista 1.200 empregos diretos, empregos estes que agora estão ameaçados pela entrada, sem planejamento, das vans, que além de detonar o sistema, não obterão lucro na forma legal, como eles mesmos já afirmam”. “A ATUV, a Cidade Verde e Viação Vitória, conclamam a sociedade, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista, Câmara de Dirigentes Lojistas, Prefeitura, Autoridades da Segurança Pública, Conselho das Pessoas com Deficiência, Defensoria Pública, OAB e imprensa para um profundo e realista debate sobre o tema. A anunciada licitação de transporte coletivo por vans é também o anúncio da destruição do sistema de transporte coletivo legal e sob controle. O momento de agir é agora, dentro do ordenamento jurídico, embasado em estudos científicos e observando as tendências internacionais”, complementa.


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