Efeito Matriz por Pedro Pithon: Um olhar de um cinéfilo sobre o filme “Pantera Negra”

Foto: BLOG DO ANDERSON

Pedro Sampaio Pithon Brito | Estudante de Direito

“Vibrar em torno de algo é um sentimento bem particular de cada personalidade, é sobre experiências, vivências, é sobre sensações”… Com essa pequena reflexão venho tentar achar um meio para transpor todo o impacto que eu tive assistindo ao filme Pantera Negra é algo notório naquilo que tange meu pensamento pulsante desde o fim da sessão. Leia a íntegra.

Dar nota é algo complicado, complexo e pessoal, ainda mais vindo de alguém que apenas se considera fã, porém por todo ciclo esse filme já entra no seleto grupo de reflexões contemporâneas que vão ecoar por vindouros tempos de esperança.
Devaneios vem até minha mente de forma abrupta, de maneira perspicaz e sutil resolvo discorrer sobre o quão esse filme é singular.
A linearidade narrativa presente em todo seu discurso é única, sua visão de mundo é atual, brutal, contextual; é um modelo a ser seguido, tem capacidade e originalidade, bem dirigido, polido e ágil, é EXTREMAMENTE RELEVANTE.
Feito para aguçar, para apontar e cutucar de maneira profunda o dedo na ferida, na alma; para quebrar barreiras e paradigmas; é para divertir, diversão esta, de uma fórmula que é notória das produções de um estúdio acostumado ao costume, mas que aqui é quebrado, sendo a quebra intencional, é voraz, é repleta de perspectivas; um horizonte se abre, a esperança que na concorrência é difícil de ser transposta, aqui é mostrada, É SENTIDA.
Wakanda é o que há, é o passado, é o futuro, É ALGO QUE SE FAZ PRESENTE, e ao que parece quem saiu presenteado fui eu, o fã, o nerd, o espectador, a sociedade.

“O Efeito Matriz” empregado no título é uma carta aberta em essência ao que esse filme faz de melhor, sendo original, sendo vivo, sendo uma opção ideal para a indecisão de uma fila de um possível cinema lotado ser recompensada da melhor forma, fugindo do que já vem mastigado, de uma filial que em essência é apenas o original com outra roupagem, aqui é o contrário, a construção é propícia ao desafio e a surpresa, e isso é bom demais.

Pantera Negra é um marco, uma aula de geopolítica em essência, é diversão com responsabilidade, é CULTURA.

VIDA LONGA AO REI… AOS REIS PORQUE SEI QUE ONDE ESTEJA JACK KIRBY ESTÁ REPLETO DE ORGULHO.

OBRIGADO RYAN COOGLER.


Os comentários estão fechados.