Desde a semana passada o BLOG DO ANDERSON foi informado sobre medidas que poderiam resultar na interdição de pousos e decolagens no Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, fato que foi confirmado na manhã desta terça-feira (17). Isso acontece em decorrência da retirada da equipe de Prevenções do 7º Grupamento de Bombeiros Militar da área interna do Aeroporto.
Em entrevista ao BA, o major Valdir Ferreira de Oliveira Júnior, comandante do 7º GBM, “Bombeiros Militar atua na parte de Prevenções de Aeroportos somente mediante convênio por ser uma área privada”. “Havia um convênio entre a AGERBA [Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia] e a SOCICAM e foi solicitado informações sobre esse convênio e a SEINFRA [Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia, a AGERBA determinou a retirada do Corpo de Bombeiros Militar do Aeroporto e que a SOCICAM assumisse o serviço de Prevenção e Combate a Incêndio nessa área que é uma área particular.
Em virtude disso o prazo de até dez dias que foi dado pela Secretaria para que o Corpo de Bombeiros retornasse a Unidade, o comandante geral do Corpo de Bombeira da Bahia já determinou a saída do Aeroporto, nós já retiramos nosso efetivo de lá e estamos aqui atendendo a área urbana de Vitória da Conquista e região e também em caso de necessidade ou acidente no plano de atuação mútua podemos também prestar auxílio ao Aeroporto, mas essa parte de prevenção fica exclusivamente a cargo da administradora do Aeroporto”, disse o comandante. Também nesta manhã, o advogado Gustavo Jose Amaral de Magalhães [OAB-BA 11.338] registrou a sua queixa junto a Agência Nacional de Aviação Civil.
“Acho desrespeito a população e uma situação de risco o nosso aeroporto, que já sofre com a falta de instrumentos para operar em condições adversas, agora perder a presença no local do corpo de bombeiros, o que nos traz total insegurança, e olha que pagamos caro pelas passagens aéreas. Consultei a ANAC, agência reguladora, hoje pela manhã, e a depender da resposta desta, pretendo eu mesmo como advogado e cidadão, promover ações competentes nem que seja interdição da pista, pois não sou obrigado a expor minha vida a risco, mesmo confiando plenamente no Corpo de Bombeiros, que, pelo que constatei, não teve culpa nisso. Não podemos nos calar diante de mais este absurdo com a nossa cidade”, afirmou Gustavo de Magalhães. A SOCICAM ainda não se manifestou sobre o assunto.
