Homenagem | Maria Consolata, por Luciano Flores

Foto: Divulgação | Família

Maria Consolata, por Luciano Flores.

O Senhor acolheu a Consolata.
Há tempos, numa noitinha de domingo, ouviu-se Lia cantarolar para seu pai, uma música que tinha aprendido:
“Me chamaste para caminhar na vida contigo
Decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma
É difícil agora viver sem lembrar-me de ti
Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor
Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti”
O Padre Zezinho tinha se inspirado em Jeremias (Jr 20,9). A brasa no peito é um fogo que queima e impulsiona o profeta em sua caminhada. A flecha na alma mostra-lhe a direção para Deus, o alvo e o sentido da vida.
Isso permite um pequeno testemunho sobre a nossa cantora:
Precursora e confiante, nos enlevava, e com brasa no peito, nos apontava bons caminhos. O ensino, a música, a convivência e seu acolhimento nos animavam.
Vida generosa, multiplicadora de talentos, e cheia de perdão, que a todos irmanou!
Consoladora, a vimos despedindo de tantos entes queridos! Depois, sentimos esmaecer a vivacidade de seus modos e a firmeza dos seus passos. Por fim, requereu cuidados, o que nos permitiu refletir sobre a humildade da vida.
O velho Jó (19. 25-26) disse “Eu sei que o meu Redentor vive e que no fim … verei a Deus”.
Cumpriram-se os desígnios de Deus, tanto ao nos doá-la, quanto, agora, ao recebê-la. Seus filhos Lila, Tilo e Marcinho, e familiares, seus amigos e seus anjos da guarda na terra agradecem pela sua vida.
São palavras de um dos seus irmãos.


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