A desocupação nesta quinta-feira (9) da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, tomada por cerca de 250 soldados da Polícia Militar e sob cerco da Força Nacional de Segurança e do Exército, é o primeiro sinal de alívio numa crise que se estende há dez dias. Falta agora concluir com êxito as negociações, sem as intransigências que de parte a parte têm caracterizado o conflito. Chegar a bom termo é uma exigência da população, uma obrigação de quem luta e de quem governa.José Reinaldo Carvalho
Uma luta que é a todos os títulos legítima e legal por reivindicações salariais de uma corporação que ganha salários irrisórios e é em não raras situações submetida a um regime opressivo e humilhante nas casernas, transformou-se em crise política com projeção nacional, haja vista a movimentação de ministros, deputados, senadores, o governador do estado e a própria Presidência da República. O deslocamento para a Bahia de numerosos contingentes do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal é a ilustração dramática disso.

Por Paulo Pires












