
A edição desta sexta-feira (27) do Bahia Meio Dia expôs novamente a situação crítica no Hospital Municipal Esaú Matos, administrado pela Fundação Pública de Saúde de Vitória da Conquista. O noticiário destacou uma noite de tensão, marcada por protestos, aglomeração de pacientes e a presença da Guarda Civil Municipal junto à 78ª Companhia Independente da Polícia Militar. Imagens registradas por acompanhantes revelaram desespero e desorganização: área de espera lotada, gestantes em sofrimento, instalações sanitárias sujas e fortes odores. Em um dos registros mais impactantes, uma mulher desmaiou no momento em que a bolsa rompeu, sendo socorrida somente após pressão dos presentes, revoltados com o descaso. Relatos apontam que pessoas com necessidades urgentes aguardaram por até 12 horas sem qualquer previsão.
A principal crítica envolve a ausência de informações e a dificuldade em dialogar com os profissionais responsáveis pelo atendimento, o que ampliou o sentimento de abandono. Sem conceder entrevista, a direção do hospital enviou uma nota justificando a presença das forças de segurança com base em um episódio de desacato cometido por uma gestante que não quis aguardar os exames. A Polícia Militar confirmou o chamado, acrescentando que, ao chegar ao local, encontrou a situação sob controle, acompanhada pela GCM.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) informou que, no início de junho, entregou novos equipamentos ao Centro de Parto Natural da unidade, além de disponibilizar uma ambulância para reforçar os serviços. No entanto, conforme ressaltado na matéria, denúncias sobre estrutura inadequada, atrasos em procedimentos e más condições de acolhimento têm se repetido com frequência. Pela manhã, a equipe da TV Sudoeste esteve novamente no hospital, onde encontrou um ambiente mais tranquilo, ainda sob monitoramento da GCM. Apesar da aparente normalidade, a sensação de abandono permanece entre usuários do Sistema Único de Saúde que dependem da única maternidade pública da cidade. O Bahia Meio Dia cobrou ações concretas do Governo Municipal de Vitória da Conquista e da Fundação Pública de Saúde. Também reforçou a importância do diálogo com a população, que segue enfrentando longas esperas, sofrimento e falta de estrutura em uma unidade fundamental para todo o Centro Sul Baiano e Norte de Minas Gerais.