
Atendendo a uma determinação do Ministério Público do Estado da Bahia, a Vigilância Sanitária e o Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor (PROCON) interditaram nesta quinta-feira (10) um estabelecimento de estética em Vitória da Conquista. A interdição é definitiva, motivada por diversas irregularidades constatadas em fiscalizações anteriores. Na primeira ação, os órgãos encontraram produtos vencidos, outros sem autorização da Anvisa e funcionamento sem alvará sanitário.
Por conta disso, o local recebeu prazo de 90 dias para regularização, que expirou sem que as adequações fossem feitas. A Polícia Civil concluiu um inquérito que revelou casos graves envolvendo o espaço. Duas mulheres sofreram lesões sérias após procedimentos estéticos, uma com deformidade permanente. A investigação apontou práticas perigosas, como a utilização de seringas com plasma aquecidas em micro-ondas domésticos, causando até explosões. Também foram encontrados medicamentos que só podem ser usados com prescrição médica, além de falta de higiene e uso de celular durante os atendimentos. Dois profissionais ligados ao estabelecimento, um fisioterapeuta e uma farmacêutica, foram indiciados por crimes que incluem exercício ilegal da medicina e falsificação de produtos terapêuticos. Ambos responderão em liberdade.
O espaço permanece interditado até que todas as irregularidades sejam sanadas, com as autoridades mantendo o acompanhamento do caso. Em nota, o advogado do fisioterapeuta afirmou que a interdição ocorreu de forma equivocada e desproporcional, pois somente três das dez salas foram interditadas para ajustes necessários. Segundo a defesa, toda a documentação exigida foi enviada à Vigilância Sanitária em abril, sem retorno. A nota ainda informa que medidas legais foram tomadas e que a reabertura é aguardada nas próximas horas.