
A Polícia Civil da Bahia desarticulou um influente grupo criminoso familiar, composto por pai e dois filhos, durante a Operação Gypsy deflagrada na última sexta-feira (26) em Jequié. O trio é acusado de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro, tendo como uma das principais vítimas um médico de Vitória da Conquista e sua esposa.
Os investigados, com idades entre 27 e 55 anos, vinham exigindo, sob ameaças, a entrega de veículos e imóveis das vítimas, totalizando cerca de R$ 3 milhões. Com o avanço das apurações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Vitória da Conquista (DRFR/DEIC), a Justiça Criminal de Jequié agiu de forma rápida, convertendo as prisões em flagrante para preventivas. Os acusados agora permanecem custodiados no Conjunto Penal de Jequié.
O delegado Odilson Pereira Silva comentou em vídeo sobre a Operação Gypsy, destacando a complexidade do esquema. No cumprimento dos seis mandados de busca e apreensão realizados em endereços de luxo em Jequié, os agentes encontraram e apreenderam mais de R$ 1 milhão em espécie (algumas fontes citam mais de R$ 4 milhões) e um grande arsenal de armas de fogo. As investigações revelaram a grande escala das atividades ilícitas: em apenas cinco anos, o grupo movimentou cerca de R$ 90 milhões em contas bancárias pessoais.
A Polícia Civil também conseguiu o bloqueio imediato das matrículas de três imóveis das vítimas que estavam em fase de transferência, em razão da suspeita de falsificação documental para obtenção de empréstimos fraudulentos junto a instituições financeiras. A Operação Gypsy foi coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) e mobilizou cerca de 40 policiais civis das unidades de Jequié e Vitória da Conquista.