
O ex-vereador Valdnei da Silva Caires, também conhecido como Bô, de 56 anos, acabou condenado a 34 anos e 24 dias de prisão após julgamento realizado na quinta-feira (16), em Barra da Estiva, no sudoeste da Bahia. Ele é acusado pelo desaparecimento e morte de Beatriz Pires da Silva, de 25 anos, que estava grávida de seis meses em 2023, e cujo corpo nunca encontrado. Acredita-se que o político era o pai do bebê e a jovem, mãe de outra criança de dois anos, teria desaparecido em 11 de janeiro do ano passado, após entrar em um carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, veículo que costumava ser usado pelo político.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Valdnei por feminicídio, apontando que a motivação do crime seria a não aceitação de que a vítima divulgasse a paternidade da criança, já que o vereador “gozava de grande prestígio”. Segundo a mãe de Beatriz, a jovem teria comentado que o homem queria que ela interrompesse a gestação. Valdnei acabou preso, sob mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado. Dias depois, teve o mandato cassado por unanimidade pela Câmara de Vereadores. O político, que é agricultor e casado, elegeu-se vereador pela primeira pelo Partido Comunista do Brasil e conquistou seu último mandato em 2020 (Progressistas – PP). O parlamentar renunciou à presidência da Câmara durante as investigações, mas manteve o cargo de vereador até a prisão.