
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (22) a Operação Intercessor, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e lavagem de mais de R$ 12 milhões em recursos públicos federais na Prefeitura de Poções [período 2021-2023]. A operação cumpriu 25 mandados de busca e apreensão em Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. O foco da investigação está em contratos de terceirização de mão de obra superfaturados, firmados com verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUDEB), do Sistema Único de Saúde e do Fundo Nacional de Assistência Social.
Segundo os investigadores, os contratos envolviam empresas de fachada controladas por pessoas ligadas a agentes públicos. Entre os alvos estão a Prefeita de Poções, o chefe de gabinete, o ex-prefeito Otto Wagner de Magalhães, e o atual prefeito de Encruzilhada, Pedro Alves de Lacerda Sobrinho. A PF apreendeu carros de alto padrão, valores em espécie, armas e documentos. Na casa do prefeito de Encruzilhada, a Polícia Federal apreendeu R$ 112.500 em espécie.
Na fazenda do ex-prefeito de Poções, Otto Wagner de Magalhães (que acabou preso por posse ilegal de arma), encontraram munições. O prefeito de Encruzilhada, Doutor Pedrinho, enviou uma nota esclarecendo que atuou exclusivamente como advogado de uma das empresas no período investigado (2021-2023) e que o caso nada tem a ver com sua atual gestão, iniciada em janeiro. O superintendente substituto da CGU, Antônio Lazaro Soares Do Amparo, confirmou que a Controladoria fez alertas sobre as irregularidades, mas o esquema continuou. As investigações apontam que os desvios prejudicam os cofres públicos em mais de R$ 12 milhões, conforme detalhes do delegado Rodrigo Souza Kolbe ao Bahia Meio Dia que o BLGO DO ANDERSON reproduz,