Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]
Nós sempre estamos procurado um culpado. Na maioria das vezes estamos mais preocupados em encontrar um culpado do que dar solução a uma dificuldade surgida. Temos como exemplo a situação de Adão e Eva, os quais nos legaram uma culpa cuja pena, ainda hoje, alguns acreditam ser devedores. Recuso-me a pagar pelos pecados dos outros. A pena não pode ultrapassar a pessoa que cometeu o pecado. Mas, refiro-me a Adão, em especial, pois ele inaugurou a mania de buscar e apontar um culpado para justificar o erro ou fugir das suas responsabilidades. Leia a íntegra.
Adão não assumiu o seu erro, pois havia prometido um comportamento que não conseguira cumprir e atribuiu à mulher, Eva, a culpa pela desobediência ao quanto havia prometido. Não foi cavalheiro. Talvez os desencontros entre homens e mulheres seja um ação do subconsciente feminino por conta daquela delação, e nem chegou a ser premiado, ao contrário, perdeu o paraíso, foi punido.
Temos que esta constância de buscar um culpado é trabalho para os incompetentes, ou para a polícia, cujo dever, aí sim, é encontrar o culpado. Buscar soluções é mais brilhante do que apontar culpados, estes só devem ser apontados para que recebam instrução e nem sempre caberá qualquer tipo de pena.
A lição de Adão tomou corpo e nós nos contentamos, de forma até pouco sadia, a apontar o culpado. Mesmos nas menores ocorrências, apontar o culpado nos alivia o coração, mesmo que não haja a solução desejada de resolver o problema. O desejo é punir o outro, espezinhar e humilhar.
Se algo desparece, ou está fora do local de sempre. Estamos prontos para apontar o culpado. Parece que é mais importante do que encontrar o objeto desaparecido. Veja quando o controle do televisor desaparece. É um desespero e buscamos apontar o culpado.
Nos últimos doze meses, Gustavo, dois anos de idade, mexe em tudo. Quando ele assume o controle remoto do televisor é um Deus nos acuda. O menino faz misérias: desregula tudo, desde o televisor ao Home theater, fazendo desaparecer a Netflix e deixa todo mundo apavorado, pois sabemos da trabalheira que é colocar tudo em ordem, às vezes precisamos de ajuda externa para reconfigurar tudo, sem contar com desparecimento da chave do carro. Sempre ele.
Ao chegar em casa e não conseguir as imagens ou os canais buscados, penso logo: Gustavo esteve aqui. Gustavo, nosso Tatavo, é o nossos culpado e a pena que aplicamos é pedir para que não mexa no controle, não sem antes dar um abraço e um beijo.
Precisamos nos libertar de tantas culpas desnecessárias e insignificantes e em vez de procurar culpados devemos encontrar soluções. Contentar-se em apontar culpados e não tratar das soluções como primazia é uma forma grosseira de inteligência. 311217
3 Respostas para “Jorge Maia: Temos um culpado”
Ivan Silveira
Esta é a famosa Síndrome de Adão.
“Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.” (Gênesis 3.12-13)
Somos muito velozes em retirar de nós mesmos a culpa que temos em muitas coisas que não deram certo em nossa vida e transferi-la para qualquer outra coisa ou pessoa que esteja perante nós.
Não terceirize a sua culpa.
Adão terceirizou a sua culpa de ter desobedecido a Deus para Eva. Por sua vez Eva terceirizou sua culpa para a serpente. Ou seja, Adão e Eva, na visão deles mesmos, eram uns pobres coitadinhos, foram enganados, foram ludibriados, foram levados a pecar! Não tinham culpa, a culpa era de alguém, mas não deles mesmos!
Da mesma forma que Adão e Eva fizeram também gostamos de terceirizar a nossa responsabilidade para outras pessoas ou coisas. Adão fez isso quando não assumiu sua responsabilidade de ser o líder do lar, de repreender Eva por ter ido em direção ao fruto proibido e também por não dizer “não” quando ela o convenceu de que também deveria comer o fruto proibido, desobedecendo a ordem dada por Deus.
Infelizmente agimos muito dessa forma em nossa vida,família, namoro, estudos, trabalho, amizades, etc. Gostamos de jogar as responsabilidades dos nossos erros sobre os outros. Mas, porque fazemos isso?
As respostas para esta pergunta são várias. Mas o que quero destacar neste texto é o fato de que, quanto mais procurarmos culpados para justificar nosso erro, mais continuaremos errando. Precisamos parar de jogar a culpa sobre os outros e assumir os nossos pecados e erros. Este é o primeiro e maior passo para qualquer mudança em nossa vida.
"Pedro Euvaldo Cairo Silva"
MESTRE JORGE MAIA, CONCORDO EM NUMERO, GRAU E GÊNERO COM SEU ARTIGO. AFINAL DE QUEM É A CULPA?
Ricardo
Boa tarde professor Jorge Maia. Realmente, Adão tentou transferir a culpa para Eva ao descumprir a ordenança de Deus de não comer o fruto da árvore proibida. Infelizmente ainda hoje é constante a prática de o ser humano não assumir a culpa pelo seus erros e envolver outras pessoas.Concordo que não é justo pagarmos pela culpa alheia, porém no caso de Adão, acredito que a culpa ultrapassou sim o seu próprio pecado, recaindo sobre toda a humanidade.Deus criou o homem e a mulher para viverem eternamente no jardim do éden. O homem foi feito para viver eternamente, motivo este que a maioria de nós não aceitamos a morte de maneira natural e sim com sofrimento e dor.De acordo com a bíblia, no antigo testamento, o homem foi criado com a imagem e semelhança de Deus.A criação foi contemplada também com o livre arbítrio de ter poder para o homem fazer suas próprias escolhas.Logo a adoração para o criador não foi de caráter impositiva.A criatura escolheu desagradar a Deus.Por isso não poderia mas viver no paraíso, pois logo que comeram do fruto proibido,
automaticamente o efeito do pecado se manisfestou: Adão e Eva perceberam que estavam desnudos e perderam a inocência. Por consequência do pecado, foram expulso do paraíso e o homem passou a sobreviver do suor do seu rosto.O pecado separou o homem da glória de Deus. Mesmo assim, por amor, Deus apresentou a todos um plano de salvação.Destituiu da sua glória e enviou seu filho Jesus Cristo sem pecado para morrer por nós. Agora o homem pode escolher a vida eterna aceitando o senhor Jesus Cristo como seu salvador e buscando todos os dias viver uma vida de santificação.Mas uma vez temos o livre arbítrio de acreditarmos no plano de salvação.