Marcelino Galo
Mais uma vez cito uma escritora para saudar o importante mês de março que outrora se inicia. Ensinou-nos Clarice Lispector que Liberdade é pouco, o que as mulheres querem ainda não tem nome. Escrevo para saudar esse mês de luta das mulheres e para reafirmar nosso compromisso com a construção de um mundo mais justo, mais humano e mais igual, portanto, um mundo onde as mulheres e homens caminhem lado a lado e com as mesmas condições de vida. O 8 de março, dia internacional da mulher se estabeleceu como dia de luta pela memória de uma injustiça cometida contra mulheres trabalhadoras de uma fábrica têxtil norte-americana e por um conjunto de outras lutas feministas que se somaram e elevaram a luta das mulheres a condição mais humanizada e digna. A injustiça contra as mulheres é uma prática antiga na história da humanidade. Ao se erguer a primeira cerca, ao estabelecer a primeira propriedade confinamos a mulher ao mundo privado, a condição de propriedade, de extensão das posses de um indivíduo.