
Ernesto Marques | Jornalista | [email protected]
Em tempos de moralismo rasteiro em moda, a falsa separação entre técnica e política volta com força a cada dois anos, quando governos se sucedem após eleições, como se tal separação fosse possível na administração pública. Essa fraude conceitual serve bem aos mestres da dissimulação, quando tentam posicionar-se acima da podridão estrutural da política brasileira, só recentemente escancarada. À direita ou à esquerda, políticos eleitos para prefeituras e governos estaduais e federal já forjaram bons quadros políticos recrutados na academia ou entre servidores de carreira. De uma ou outra vertente ideológica, há bons exemplos dos que tiveram vida longa na gestão pública ou que dela tenham migrado para a militância partidária: Paulo Souto e Antônio Imbasahy foram descobertos pelo ACM original, Jorge Solla, pelo ex-prefeito e seu colega médico, Guilherme Menezes; e Fernando Haddad, pelo ex-presidente Lula. Nos últimos dias do primeiro ano da gestão do prefeito Herzem Gusmão Pereira, sua secretária da Saúde, Ceres Almeida, sinaliza futuro diferente e bem menos promissor. Leia a íntegra.