Na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, na manhã da sexta-feira (9), Maria José Meireles fez um apelo que tem deixando muita gente emocionada. Ela denuncia o descaso para o fornecimento do medicamento essencial para a sobrevivência de seu e de outros seiscentos portadores da anemia falciforme, doença séria na qual o organismo fabrica células vermelhas sanguíneas em forma de “C”. Células vermelhas normais têm forma de disco e se movem facilmente pelos vasos sanguíneos. Por terem essa forma anormal, essas células não se movem facilmente através dos vasos sanguíneos. Os blocos de células em forma de foice bloqueiam o fluxo sanguíneo que flui para os órgãos e membros. Vasos sanguíneos bloqueados podem causar dor, infecções sérias, danos a órgãos e até mesmo Acidente Vascular Cerebral (AVC). A mãe pediu ajuda a fim de encontrar soluções para o problema da falta da hidroxiureia. “Eu venho nesta Casa solicitar de vocês que façam alguma coisa. Eu clamo a vocês vereadores que vistam essa camisa. Nos ajude”, apelou Maria José. “Eu gostaria que o prefeito assuma essa responsabilidade. É um direito nosso”, disse ela. Maria José disse que procurou o Núcleo Regional de Saúde (antiga Dires) e que lá recebeu a informação de que o problema está na falta de matéria-prima. “Como assim, se em outros estados estão tendo o remédio?”, questionou. Ela deu continuidade à sua denúncia informando que, ao procurar o setor de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, as pessoas não estão recebendo as passagens para que possam ter acesso ao tratamento em outras cidades como Salvador. Além disso, segundo Maria José, o tratamento dispensado a pacientes acometidos pela anemia falciforme para execução da sangria no Hospital Geral de Vitória da Conquista não está sendo adequado. A cidadã pediu que a Câmara Municipal reserve no calendário municipal um período voltado para a conscientização sobre a Anemia Falciforme, assim como é feito com o diabetes, e os cânceres de mama e próstata.
