
Críticas, em qualquer área da sociedade, são necessárias. É claro que existe criticar com o objetivo de destruir, mas o contrário é algo que deveria ser regra: avaliar ideias e atitudes, ponderar o que é positivo e expor as questões negativas com o intuito de qualificar o diálogo. É com esse intuito, por exemplo, que critico a forma como o futebol da Bahia é gerido pela maioria de seus administradores. Vivo do futebol há dez anos. Comecei acompanhando os clubes do interior, viajei para diversas cidades da Bahia e conheci dezenas de estádios municípios afora. Me deparei com dirigentes abnegados, que buscavam o sucesso de seus times por puro amor ao esporte, mas também topei com cartolas amadores, que sequer saberiam ler um balanço financeiro ou traçar o perfil de um profissional que se deseja contratar. Estes, inclusive, são maioria – a ponto de não reconhecerem seus erros e nem buscarem uma autorreflexão, pondo a culpa de seus fracassos em qualquer pessoa que não seja eles mesmos. >|>|>|>|>