
Jeremias Macário de Oliveira | jornalista e escritor
São tantos assuntos que nos instigam a comentar, a dar uma opinião nessa vastidão de absurdos na Bahia e no Brasil que somente poucos se arriscam a palpitar e colocar a cara a tapa. Dizem alguns que eu sou inquieto, um tanto polêmico e até que não devo me meter nisso porque não vou mudar as coisas ou consertar o que na minha visão está errado ou merece ser corrigido. No meu comentário de hoje vamos começar pelos 60 estudantes, de um universo de 2,7 milhões de participantes, que tiraram mil na prova de redação do ENEM do ano passado. As notas médias foram 516 em linguagens, 522 em ciências humanas, 497 em ciências da natureza e 534 em matemática. Na redação, a nota média foi de 641. Alguém colocou nas redes sociais que não há muito o que comemorar. Também digo o mesmo, mas esses 60 foram anunciados com estardalhaços, e quem conseguiu mil foi considerado como gênio. E se a gente mandasse esses 60 para uma olimpíada internacional de língua? Será que teríamos um primeiro lugar? Para maior vergonha do nosso ensino, desses, somente quatro foram alcançados por alunos da rede pública. Um internauta postou que isso só demonstra a profunda desigualdade na educação do país, aprofundada mais ainda com o “novo” ensino médio. Confira a manifestação de Jeremias Macário.