
Alvo de queixas há muito tempo, a prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, do União Brasil, resolveu determinar a interdição da Unidade de Saúde da Família Nova Cidade, que fica no bairro Primavera, Zona Leste de Vitória da Conquista. A medida foi realizada pela Defesa Civil na tarde desta segunda-feira (18). Veja a nota: “Com rachaduras nas paredes, nas portas, janelas e no teto, entre outros problemas na estrutura, o prédio onde funciona, desde outubro de 2015, a Unidade de Saúde do loteamento Nova Cidade foi interditado pela Defesa Civil Municipal na tarde desta segunda-feira, 18. Além de análise do laudo técnico patológico, o próprio órgão vistoriou o espaço e verificou que não há condição de mantê-lo em uso, já que oferece riscos à população que utiliza a unidade de saúde. Os usuários do serviço serão direcionados nesses primeiros dias à Unidade de Saúde Panorama, onde receberão a assistência necessária. Construído na gestão anterior à do ex-prefeito Herzem Gusmão, com recursos do Governo Federal, o imóvel, cuja situação vem sendo acompanhada pela Secretaria Municipal de Saúde desde 2017, tem sido alvo de inúmeras reclamações dos servidores e da própria comunidade. Para buscar uma solução, a Prefeitura fez diversas vistorias no local, com engenheiros da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e contratados pelo município, para apontar as anomalias que implicam em riscos para a população, e posteriormente notificou a empresa Engecalc Construções e Empreendimentos Ltda, responsável pela obra para que faça os devidos reparos no imóvel. Entre 2018 e 2020 foram três notificações. Em uma delas, a empresa alegou que “trata-se de uma obra concluída em junho de 2015, apresentando vícios de construção (infiltrações, dilatações e fissuras), devido à falta de execução, decorrentes da ausência em planilha orçamentária contratada, de serviços essenciais necessários para que se evitassem estas manifestações patológicas, tais como, impermeabilização em baldrames e em massa de revestimentos externos, vergas e contra-vergas e vãos de portas e janelas, juntas de dilatação, etc”. Ou seja, a própria empresa alega vícios de construção que deveriam ter sido vistoriados e resolvidos, à época, pelo órgão executor. Para determinar a origem e causa dos problemas estruturais do prédio, a Prefeitura contratou uma empresa de engenharia patológica, que apontou, no laudo técnico, que as anomalias estão associadas às fases do processo construtivo, pois os elementos estruturais, pilares e vigas não foram moldados com concreto e brita, e sim com argamassa. Portanto, o laudo ratifica o relato da construtora sobre vícios de construção na obra”. Confira a íntegra.