
O Movimento Negro e representantes de religiões afro-brasileiras de Vitória da Conquista formulou no final do mês de março, o pedido para que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o objetivo de criação dos Gladiadores do Altar, grupo da Igreja Universal do Reino de Deus. A mobilização contou com a participação de Graziele Novato (Professora da UESB), Uelber Silva e Adermar Cirne (Representantes da Coordenação Municipal Promoção da Igualdade Racial), Lázaro Vieira dos Santos (do Terreiro de Oxumarê) e o povo de santo da cidade. De acordo com o Movimento, formado por mais de quatro mil jovens, os Gladiadores aparecem vestidos como militares e entoando frases de efeito em vídeos publicados na internet.
Na ocasião, foi entregue ao procurador da República, André Sampaio Viana, uma petição que cita a Lei de Segurança Nacional (LSN), que proíbe a formação de grupos paramilitares e propaganda de discriminação racial, de luta pela violência entre as classes sociais e de perseguição religiosa. De acordo com a Universal, os Gladiadores apesar de autointitulados “soldados de Deus” não desenvolvem prática militar, e os vídeos foram feitos durante apresentações de projeto em igrejas pelo país e nelas eles aparecem marchando e entoando frases de efeito. “Foram eventos únicos, com coreografia ensaiada, para marcar festivamente a ocasião”, diz a nota enviada ao site IG sem explicar o motivo de criação do grupo.