
Inspirados no movimento Rio Invisível, ativistas criaram em Vitória da Conquista o Conquista Invisível, projeto que compartilha relatos de pessoas excluídas socialmente, e tem objetivo de motivar pessoas a terem um olhar mais humano. A seguir o primeiro caso: “Meu nome é Josevaldo, tenho 66 anos. Moro nas ruas de Conquista a mais de 10 anos. Fui abandonado pelos meus filhos. Eu já não tinha pai e nem mãe. Assim conheci a triste realidade do abandono. Sou te Itapetinga, fui para Salvador, lá morei por 4 anos, vim parar aqui e aqui estou até hoje. Mesmo com a idade avançada, continuo nas ruas. Trabalho no Cemitério durante o dia, Ajudo lá, pinto as casinhas lá, e ajudo limpar o Cemitério mais outro rapaz. Gosto muito de Conquista, aqui é muito bom, só não gosto do frio, chega doer na alma. Durmo aqui no Ceasa quase todo dia, ajeito meu cantinho aqui, e tento passar a noite.Trabalho e não pego o que é dos outros, sempre trabalhei. Pois foi assim que aprendi desde mais novo.Já passei muita fome, muito frio. Não reclamo, pois tenho saúde e sossego e cada um tem aquilo que merece”.