Elane Ferraz dos Santos
O 1º de Maio nos faz refletir, mais uma vez, o quão é desigual o mundo em que vivemos e como ainda somos – nós mulheres – discriminadas também nas relações de trabalho no que se referem a salário, carga horária, ocupação de cargos, condições de trabalho, tratamento, etc.
Nas últimas décadas, a presença das mulheres nas mais diversas áreas de trabalho e profissões tem aumentado significativamente, mas ainda é proporcionalmente menor que a dos homens. Sete em cada dez homens na população economicamente ativa trabalham ou procuram emprego, enquanto menos de cinco em cada 10 mulheres estão na mesma situação e a diferença salarial, mesmo no século XXI, ainda é gritante! As mulheres recebem somente 73,8% dos rendimentos dos homens, ou até menos se considerarmos as desigualdades raciais; a renda média das mulheres negras equivale a um terço da dos homens brancos!