Por Paulo Ludovico
Antes de começar o caso de hoje, mando uns abraços e agradecimentos, claro, a todas as pessoas que confessam ser leitoras dessas minhas histórias (todas verdadeiras, juro). Entre elas, Paula Sande e Maria Luíza Cordeiro (ambas trabalham na Fainor). Mas, vamos ao caso. Também verdadeiro. Esse que contou a mim foi o meu amigo Viturino, mais conhecido como “Tio Vito” (esse sim, um verdadeiro contador de causos). Em Conquista, há pouco tempo, existiu certo cidadão, bastante conhecido. Não posso dizer que foi meu amigo, mas fez parte do círculo de pessoas próximas a mim. O nome dele não importa muito em nossa história, mas, se estivesse vivo teria, hoje, uns 55 anos de idade, acredito. Ele era portador de problemas relativos à coordenação motora. Andava e falava com dificuldades. Mesmo assim, não tinha qualquer deficiência de raciocínio ou de discernimento das coisas. Discutia sempre com conhecimento de causa e, a depender do assunto, sua argumentação era de fazer inveja a muitos. Era de habilidade extrema em trabalhos manuais. Consertava relógios com visível competência, inclusive, manuseando, com a ajuda de pinças, aquelas minúsculas peças, que, em muitos casos, para melhor enxergar, havia a necessidade da utilização de lupas.