Pessoas com pendores sovietizantes [tardios] insistem que a Fundação Pública para gerir o Hospital Esaú Matos é uma forma de Privatização. Se isso não fosse cômico, seria trágico. Uma afirmação como essa, só tem paralelo na informação de que o senhor Tiririca foi o ideólogo e relator das Bases Sacerdotais e Eclesiásticas para conclusão do documento elaborado pelo Concílio de Trento. Aviso aos ingênuos: Fundação Pública Pública de Direito Privado nunca foi, nunca será uma Entidade Privada. Se alguém disser o contrário, então tenha a coragem para vir à público dizer quem são os donos dessa Fundação Privada que dizem estar sendo constituída e cuja finalidade é administrar o Hospital Público Esaú Matos. Mencionem, por favor, quem são os donos dessa Entidade Privada para quem o Governo Municipal vai “entregar” o famoso Hospital.
Outro aspecto a ser considerado relaciona-se aos valores do Patrimônio do Hospital. Desde o advento do Plano Real o instituto da Correção Monetária foi extinto, portanto, mesmo para as Entidades Privadas, não há mais essa prática prevista no Decreto Lei 1.598/77. Portanto, os valores do Patrimônio do Hospital devem ser colocados à disposição da Fundação Pública obedecendo rigorosamente ao Princípio do Custo Histórico como Base de Valor. Em outras palavras, diríamos que os valores devem refletir o Custo Original ou Custo Contábil (sem correção monetária) extinta há dezoito anos. Por isso estão defasados em relação ao Preço de Mercado. Ou será que seremos obrigados a fazer como fez o meste Luís Gonzaga no famoso forró DEZESSETE E SETECENTOS.