Por Ezequiel Sena
Mais um ano que passa assinalando perdas dolorosas, com abrangência inclusive no seio da minha própria família. Marcado também pela crueldade humana – 31 agulhas introduzidas pelo padrasto no corpo de uma criança de apenas dois anos de idade – notícia que indignou o país inteiro chegando às manchetes de muitos jornais do exterior. E, ainda, palco do maior flagrante: vídeo mostrando explicitamente Jose Roberto Arruda recebendo um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa (uma clara cena de propina). Mas foi debaixo de muita chuva, ventos, tempestades, dores e lágrimas que partiu o 2009; a fúria da natureza invadiu 2010 assustando o Brasil soterrando casas, derrubando pontes, alagando cidades, trazendo desespero e mortes; um fenômeno que, mesmo com os avanços da ciência, o homem continua incapaz de compreender tais mistérios. Séculos atrás, o admirável Williams Skakespeare (1564-1616), figura capital do pensamento moderno já sentenciara: “Existem mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã ilusão filosófica”. De fato, o planeta anda meio estranho e o pior é que isso vem se comprovando ano após ano.