Paulo Pires
Político Ladrão
Na cena política brasileira, como ocorre no resto do mundo, existe todo tipo de político. Temos inclusive um quase em extinção: O político honesto. Acreditem, existe sim. A agenda nacional – como não poderia deixar de ser – está sempre dando destaque para os que fazem a alegria ou tristeza nossa de cada dia: O político ladrão. Lamentavelmente esse é o tipo que está sempre na ordem do dia. Se o amigo ou a amiga quiser aceitar de coração uma classificação rápida dessa categoria podemos dizer que hoje nossa taxionomia obedece apenas a uma gradação. Ou seja, os ratos são classificados pelo tamanho do que roubam ou pelas suas formas de agir. Temos o ladrão pequeno (ou pequeno ladrão) e temos o ladrão grande (ou grande ladrão). O primeiro é o ladrão modus operandi mensalão; O outro é o ladrão milenão. O primeiro é ladrão pé de chinelo. Aquele que vai “pegar” a grana no local do crime, conversa com o corruptor ou corrompido, e faz muitas considerações de natureza moral – ultimamente estão até orando – antes de receber a bufunfa. O segundo é requintado. Nunca aparece. Geralmente é um cara muito sério, dono de um montão de coisas, todas em nomes de laranjas, tangerinas, jacas e outras frutas.