
Esta semana, o Brasil vai começar a acompanhar um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos. No banco dos réus, os acusados pelas mortes de 242 vítimas, a maioria, jovens universitários-, no incêndio da Boate Kiss, em janeiro de 2013. Depois de quase nove anos de espera e do indiciamento de 28 pessoas ao longo da investigação, o tribunal do júri vai decidir o destino dos denunciados pelo Ministério Público: os dois sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor cultural Luciano Bonilha, da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local na noite da tragédia. A partir desta quarta (1º), os quatro vão ser julgados por homicídio simples com dolo eventual de 242 vítimas, e tentativa de homicídio de outras 636 pessoas que ficaram feridas. De acordo com sobreviventes, a Kiss estava lotada, não tinha ventilação, e alguns extintores não funcionaram. A maioria das vítimas fatais foi asfixiada pela fumaça tóxica, mas muitos também foram pisoteados, porque, quando viram que o palco estava pegando fogo, os jovens entraram em desespero.