Um jovem de 20 anos de Vitória da Conquista e que sofre de distúrbio mental aguarda há mais de dois anos para fazer uma cirurgia no cérebro. A avó do rapaz, Maria José Gomes, diz que ele toma mais de 10 comprimidos por dia para controlar crises comportamentais e se acalmar. A cada 15 dias, ele ainda tem que tomar uma injeção. Os medicamentos, segundo ela, levaram o rapaz a desenvolver um problema no fígado. A solução para amenizar a situação de Diego, segundo relatórios médicos, seria uma psicocirurgia, destinada a tratar um problema mental. O procedimento poderia evitar que ele fique agitado e agressivo e ainda fazer com que o jovem não precisasse de tantos remédios. Maria José diz, no entanto, que não consegue marcar a cirurgia para o neto. “Não durmo de noite. Sento na cama e amanheço o dia olhando para ele, porque ele tem muita crise.
Fico com medo de ele morrer sufocado. Só falto morrer de noite”, destaca mulher, que tem 60 anos. Segundo Dona Maria, quando fica agressivo, Diego costuma machucar a ela e a si próprio. “Os remédios prejudicaram o fígado, como consta num exame. Virou hepatite, ele está com hepatite. E disseram que se ele não fizer a cirurgia ele vai para a fila de transplante, porque se tirar os remédios ele me mata”, diz. A Secretaria de Saúde do Estado Bahia (SESAB) informou, por meio de nota, que, como Diego não está internado em nenhuma unidade de saúde, o encaminhamento dele para cirurgia deve ser feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Vitória da Conquista e aguarda um posicionamento do sobre o caso.
