Greve: Um direito real do trabalhador e um erro social do líder ambicioso

1-DSC_0218                                                                                      Paulo Pires

O instituto da greve ainda permanece como instrumento de reivindicação ocupacional e é fruto de uma das mais sagradas conquistas do trabalhador nas sociedades avançadas.   Desde sua utilização por trabalhadores franceses, insatisfeitos com os padrões de remuneração salarial e condições de trabalho que lhes eram impostas, a greve se apresenta como um instrumento mediador entre a realidade de quem detém o Capital e a necessidade de quem oferece o Trabalho.

Todo homem livre, todo trabalhador consciente da importância de sua atividade profissional, convencido de que seu esforço, seu labor é de largo alcance social, tem o direito de exigir que sua ocupação e as condições a que esteja submetido, sejam as melhores possíveis e tenham o melhor dos reconhecimentos.  Até aí tudo bem.

Ninguém de bom senso é contra greve.  Todavia, há greve e há greves. Aquelas que se notabilizam por estranhas propostas de incendiar ônibus, queimar patrimônios e impedir que outros segmentos da Sociedade se sintam impedidos de ter o sagrado direito constitucional de Ir e Vir, essas, afirmamos categoricamente, não contribuem de forma nenhuma  para formação e construção de uma Sociedade que está em busca de um Mundo Melhor.

No caso da Greve e das paralisações de ônibus em Vitória da Conquista, a Sociedade deve ficar atenta aos grupos políticos- sindicais para saber com detalhes, quem está por trás do Movimento, quem são os intransigentes, e quem está propondo ações delinquentes  para incendiar e depredar ônibus.

Se assim não for feito, se todos não se compenetrarem de suas imensas responsabilidades sociais,  os contratempos que poderiam ou poderão ser solucionados pela Justiça Trabalhista, passarão a ser tratados pelo Código Penal.  Isso é lastimável.


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