Taberna da História: Maximiliano Fernandes foi intendente de Conquista entre 1908 e 1911

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Luís Fernandes | Taberna da História

Depois da morte do coronel Francisco Santos, seu cunhado, o coronel Gugé, assume a liderança política local. Gugé chefiou a política desta cidade até 1918, quando morreu. O coronel José Maximiliano Fernandes de Oliveira (conhecido como Cazuza Fernandes), que governou o Município até dezembro de 1911, era sobrinho de Gugé e se tornou um dos maiores chefes da oligarquia agrária regional. Governou o município de 1º de janeiro de 1908 a 31 de dezembro de 1911 e, tal como o antecessor, sofreu oposição do Coronel Pompílio Nunes de Oliveira. Uma das principais obras da sua administração foi a construção da “Caixa d’Água”, localizada logo abaixo do “Poço Escuro”, que foi durante anos fonte de abastecimento de água para a cidade. Neste local está atualmente o “Viaduto Wellington Figueiredo”. Esta obra, segundo o jornal “A Palavra” (edição de 2 de novembro de 1917) foi financiada pelo próprio Maximiliano, pois o Município não tinha condições de executá-la. Ele era um rico fazendeiro, por isso bancou esta obra. Além desta, macadamisou ruas e reformou o prédio do “Paço Municipal”, dando-lhe uma bela fachada com as estátuas de mármore branco, símbolos da “Lavoura” e da “Justiça”.

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Maximiliano, nascido no dia 29 de outubro de 1867, era filho de Manoel Fernandes de Oliveira e Umbelina Maria de Oliveira (portanto, bisneto do Coronel João Gonçalves da Costa, o fundador de Conquista). Cazuza Fernandes era casado com Ana Santos Silva, nascida no dia 23 de julho de 1869 e irmã de Francisco Santos. Portanto, Maximiliano e Francisco eram também cunhados. De boa cultura intelectual, que lhe fora ministrada por seu padrasto, o professor e jornalista Ernesto Dantas Barbosa, destacou-se pela nobreza de caráter. Antes de ser intendente foi juiz de paz do distrito da Vila em 1892. Em 1927, quando foi fundada a “Companhia Rodoviária Conquistense”, foi o Coronel Cazuza Fernandes escolhido seu diretor presidente, ficando à frente da construção da estrada de rodagem desta cidade até Boassu, no município de Jequié. Faleceu no dia 27 de março de 1940, conforme o jornal “O Combate”, nº 28, edição de 3 de abril de 1940.


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