Violênica no Brasil: vigilante mata porteiro após discussão por causa de bola de papel em Goiás

Fotos: Reprodução

A Polícia Civil constatou que o vigilante Wallas Gomes de Lima, de 27 ano, suspeito de matar o porteiro e colega de trabalho Guilherme Alves Pereira, de 23, provocava a vítima praticamente o tempo todo. Apesar de nunca reagir, ele acabou sendo alvejado. Câmeras de segurança de um condomínio fechado em Itumbiara, região sul de Goiás, onde ambos atuavam, mostram o momento do homicídio.

Segundo a corporação, o assassinato teria ocorrido após uma discussão por conta de uma bola de papel jogada no chão. O crime aconteceu na madrugada de sábado (13). De acordo com o delegado Vinícius Penna, responsável pelo caso, Wallas, que está foragido, implicava constantemente com o colega. O motivo da rixa ainda é desconhecido. Nas imagens que flagram o crime, Guilherme é rendido pelo suspeito, armado, mas não esboça qualquer reação.

“A reação do Guilherme antes de ser morto é um resumo de todas as outras situações. O Wallas ficava importunando a vítima, provocando, atormentando, conversando ironicamente, parecendo tentar criar uma situação para ele reagisse e, assim, o vigilante tivesse que tomar alguma atitude”, explica ao G1. >>>>>

Porém, ainda conforme Penna, o porteiro buscava sempre responder às provocações de forma curta ou apenas com um sinal de positivo com as mãos, para evitar que a discussão fosse adiante.Após ser rendido, levantar os braços e ser baleado na cabeça, Guilherme cai no chão. Em seguida, leva mais dois tiros no mesmo lugar. Depois dos disparos, Wallas sai caminhando normalmente como se nada tivesse acontecido. A frieza espantou até mesmo o delegado, acostumado a lidar com vários crimes.Além de Guilherme e Wallas, outros dois vigilantes estavam de serviço no dia do crime. Ambos já foram ouvidos. Um deles fazia uma ronda de moto dentro do condomínio, enquanto o outro também estava na portaria. A polícia apura se este último por ser considerado partícipe.

“Em depoimento, ele afirmou que chegou a ouvir Wallas dizendo: ‘Eu vou matar ele’. Mas não sabemos o que ele fez ou poderia ter feito naquele momento. No interrogatório, quando ainda não tínhamos as imagens, não nos aprofundamos nesse assunto. Por isso, ele deve ser ouvido outra vez”, destaca.A Justiça já decretou a prisão preventiva do vigilante. Um advogado se apresentou na delegacia como representante dele na última segunda-feira (15), “sondando” a situação dele e negociando uma rendição, o que ainda não ocorreu.

O delegado revelou que, apesar de não ter passagens, Wallas é conhecido por ter um comportamento agressivo. Ele já obteve informações de que, quando fazia a segurança de outro local, teria sacado a arma para outro colega. A polícia tenta obter mais detalhes sobre a situação.


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