Jorge Maia: MPMJ/ Rádio Beócia

Foto: BLOG DO ANDERSON

Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Beócia 30 de fevereiro de um ano qualquer

Querido Jorge Maia, posso chamá-lo de querido? Acho que sim, não vejo nada demais nisso. Antes, quero falar sobre Maria Periguete. Ela anda meio macambúzia, na verdade, depressiva, não consegue esquecer o amor perdido e vez por outra eu a encontro com o olhar perdido em direção a Noruega, e cantando: Eu não presto, mas eu te amo, eu não presto mas eu te amo, antigo sucesso de Roberto Carlos. Tento acalmá-la, mas sem sucesso. >>>>>

Essa antiga canção me fez lembrar de uma conversa que tivemos sobre rádio e o quanto você gosta ouvir rádio. Eu me lembro dos seus comentários sobre antigos programas da Rádio Clube de Conquista: Cantinho do rádio, aos domingos, um programas com entrevista e variedades, apresentado por Jota Menezes e em seguida “Falando Sobre Cinema” apresentado por Gileno Paiva. Sei que eram programas inteligentes e que o divertia nas manhãs de domingo, na década de sessenta.

Aqui na Beócia, as emissoras pioraram muito. Os locutores interrompem o entrevistado, não deixam o coitado concluir uma frase, e em vez de entrevista vira um debate em que o entrevistado não tem condições de responder as perguntas. Eles não sabem que a estrela da entrevista é o entrevistado. O repórter se destaca pela qualidade das perguntas e não pelas interrupções.

Há um abuso no uso dos adjetivos e dos advérbios de intensidade, mas poucos substantivos, os quais são essenciais para a formação de frases mais precisas e são fundamentais para a construção de juízos claros e enriquecedores das manifestações verbais.

E aí no Brasil, como vai a radiofonia? Às vezes consigo ouvir alguma emissora da sua cidade. Temos uma antena intergaláctica que capta algumas emissoras e graças ao fuso horário consigo ouvir, mais cedo, o programa “De tudo na Tarde” do Professor Adão, um programa de variedades com muito bom humor e com apresentador culto. Ouço também o programa de Pedro Massinha em que há muita entrevista e é bem democrático, permitindo a participação dos entrevistas com muita fluidez. Por favor, se conhece-los, informe que eles têm boa audiência aqui na Beócia.

A rádio Beócia tem muito a aprender com as emissoras do seu País. Rádio jamais sairá de moda. Uma boa música, uma boa conversa e uma boa reportagem sempre será do interesse de todos, sem contar com os serviços de utilidade pública e a contribuição para a cultura local.

No domingo irei visitar Maria Periguete. Não posso abandoná-la. Na ocasião em que Bel deixou o Chicletes com banana, e eu sofri tanto, foi ela quem me socorreu em momento tão difícil. Em breve darei notícias.

Um grande abraço, destas doces e suaves terras da Beócia, Maria Joaquina do Amaral Pereira Góes. ( 19032020)


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