Despedidas no Norte de Minas Gerais | vítimas de acidente com 12 mortes são veladas e sepultados

Fotos: Inter TV Grande Minas

Foram velados e sepultados nesta segunda-feira (21) os corpos das vítimas de um acidente que matou 12 pessoas na BR-365 neste domingo (20). Entre os mortos, apenas uma das vítimas não era de origem do Norte de Minas Gerais. As vítimas norte-mineiras estavam em uma van que seguia para Patrocínio, no Triângulo. Muitas delas iriam trabalhar na colheita de café. A avó Elizabete e neto Victor, de 55 e 9 anos, estavam retornando para casa onde moravam, em Patrocínio. Os dois haviam passado alguns dias visitando familiares no Norte de Minas, incluindo a mãe do menino. Em Januária, a 592 km da Capital Mineira, parentes e amigos se despedem de quatro das vítimas. Os moradores da cidade também se despedem de João Pedro Martins, de 14 anos. O garoto estava a caminho de Patrocínio para rever os pais, que estavam trabalhando na colheita de café. Segundo familiares, o pai de João Pedro estava no Triângulo Mineiro há alguns meses, e a mãe também foi trabalhar na colheita há cerca de 20 dias.

Com saudade, o garoto estava na van para passar duas semanas com eles. Já em São João da Ponte, a 559 km da capital mineira, corpos de cinco vítimas chegaram às 5 h da manhã e foram encaminhados para as comunidades onde elas viviam. Familiares ficaram consternados com a morte dos irmãos Rubens e Leandro Pereira da Silva, de 30 e 35 anos, e do primo deles, Magno Pereira Oliveira, de 36 anos, que viajavam para trabalhar na colheita do café. “São da mesma família, sempre muito unidos, acredito que por onde passaram deixaram lembranças boas e boas amizades. O que resta agora é muita saudade. Peço que todos rezem pelos familiares, porque é um momento de muita dor e muita tristeza”, disse Marleide de Souza Fagundes, prima dos três vítimas.

“Todo o ano ele precisa ir pra trazer um recurso pra casa. Ele tinha um sonho, ele queria a casinha dele” desabafou o pai do Magno Pereira da Silva, Durval Pereira de Oliveira. Adilson Souza, que também é primo das vítimas, conta que a viagem estava sendo planejada por eles há alguns dias, mas que imprevistos acabaram por adiar a ida algumas vezes. Ele revela ainda que, antes de entrarem na van, alguns parentes pediram que eles não viajassem. Os três já haviam trabalhado na colheita várias vezes, e os irmãos Rubens e Leandro construíram as próprias casas com o dinheiro recebido nessas ocasiões. O primo Magno pretendia usar o pagamento da colheita para terminar de construir a casa dele. Rubens deixa uma esposa e um filho de 4 anos, já Leandro deixa esposa e três filhos. “São pessoas de bem, jovens trabalhadores, que sempre saíram para outras cidades para trabalhar, ter uma renda a mais, assim poder dar um conforto melhor para suas famílias. Infelizmente, dessa vez ocorreu isso”, fala Marleide de Souza Fagundes. Informações do G1 Grande Minas.


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