Destaque Cutural | Bahia celebra protagonismo estudantil na 8ª Feira Literária de Mucugê

Fotos; Reprodução | SEC

Encerrou neste domingo (17) em Mucugê, na Chapada Diamantina, a 8ª edição da Literária de Mucugê (Fligê), com o tema “Rios e matas da narrativa”. O evento reuniu 29 escolas de 16 municípios e três instituições da Educação Profissional e Tecnológica, promovendo educação, cultura e valorização da leitura e da produção literária. A programação gratuita incluiu mesas literárias, lançamentos de livros, saraus, oficinas, cortejo literário e apresentações musicais e teatrais.  “A Fligê é um momento singular de valorização da educação e da cultura, com ampla participação das nossas escolas. A programação contempla todos os projetos estruturantes e suas diversas linguagens artísticas, permitindo que os estudantes expressem criatividade e protagonismo”, afirmou a secretária da Educação do Estado da Bahia (SEC), Rowenna Brito. Pelo Programa Bahia Literária, coordenado pela SEC, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) e Fundação Pedro Calmon (FPC), estão sendo investidos R$ 24,3 milhões em 81 eventos até 2026, fortalecendo a leitura, a cultura e o protagonismo estudantil. As escolas-fábricas estaduais de chocolate de Ipiaú  e Arataca e a Escola-Fábrica do Requeijão de Santa Bárbara participaram apresentando produtos como chocolates, requeijões, cocadas, brigadeiros e geleias. A professora Hevelynn Franco Martins explicou que, durante dois anos, foram produzidos 43 produtos à base de requeijão: “O projeto se insere na territorialidade, valorizando Santa Bárbara, conhecida como a ‘Terra do Requeijão’”.

Ela destacou produtos como o requeijão do amor e o brigadeiro de requeijão sem lactose, considerando pessoas com restrições alimentares. Outra atração estudantil foram as atividades culturais e projetos estruturantes como Tempos de Arte Literária (TAL), Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), Dança Estudantil (DANCE), Produção de Vídeos Estudantis (PROVE), Encontro de Corais Estudantis (ENCANTE) e Festival Estudantil de Teatro (FESTE), além das ações voltadas ao público infantil e juvenil. “Os estudantes atuam como monitores da feira e têm um espaço dedicado à exposição de projetos artísticos desenvolvidos ao longo de 2025. Essa integração demonstra como os programas estruturantes incentivam a expressão artística, fortalecem a formação cidadã e promovem a aprendizagem significativa”, sublinhou a diretora do Núcleo Territorial de Educação da Chapada Diamantina (NTE 3), Elizabete Gonçalves de Souza. O NTE 3 é responsável por coordenar e apoiar as escolas da região, implementando políticas educacionais, acompanhando projetos e promovendo a integração com programas e eventos estaduais. Mais de três mil estudantes participaram ativamente. Uma delas é Rosileide Souza do Carmo, 18 anos, de Boninal, autora do livro Aconteceu em Olhos D’Água do Basílio: “Escrevi meu livro para registrar a história e as tradições da minha comunidade quilombola, a Olho D’Água do Basílio. Quero que as crianças conheçam nossas origens, vestimentas e nossos costumes, mantendo viva a memória de nossos antepassados”.

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