
A Justiça manteve a prisão do ex-auditor-fiscal Arnaldo Augusto Pereira, de 66 anos, que acabou detido em Mucuri, Sul da Bahia, após forjar a própria morte para evitar o cumprimento de pena. Ele passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (17) e teve a prisão temporária convertida em preventiva. Arnaldo era condenado a 18 anos de prisão por participação na chamada “Máfia do ISS”, um esquema que movimentou mais de R$ 500 milhões em propinas na Prefeitura de São Paulo. O ex-auditor-fiscal confessou que pagou R$ 40 mil por um atestado de óbito falso e uma identidade nova, que passou a usar desde então. A certidão falsa, registrada em Salvador, atestava que Arnaldo teria morrido em julho deste ano, o que levou um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a extinguir a punibilidade. A prisão ocorreu após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul), do Ministério Público da Bahia (MP-BA), monitorar endereços ligados ao suspeito, constatando que ele seguia vivo e utilizava outro nome. A defesa do ex-auditor afirmou que o processo corre em segredo de justiça e que o cliente é presumido inocente até o trânsito em julgado da ação no STF.