
Jorge Maia | advogado e professor
A nossa Olivia Flores, e uso um possessivo coletivo, tornou-se um patrimônio significativo para todos. É uma passarela em que o desfile se realiza entre “olás” e como vai. Ponto de encontro, paradas rápidas, sorrisos e abraços entre velhas amizades se confraternizam. Hidratação e perdas de calorias trabalham sem parar e as mentes sãs em corpos, nem tanto, brindam, às vezes o nascer do sol, em outras vezes o seu escurecer com a moldura vermelho/laranja que tanto nos encantam e todos querem fotografar. Confira o artigo de Jorge Maia.
Quando estamos fora da cidade, as pessoas perguntam pela Olivia e dizem que na próxima vinda vão ali caminhar. Enfim, caminhar pela Olivia transformou-se em objeto do desejo, pois é um desfile sem julgamento e em que todos são vencedores. Estamos longe do mar, mas todos a chamam carinhosamente de “Orlívia Flores” considerando-a a nossa orla, como se mar tivéssemos.
Do início da Avenida com a Rosa Cruz temos flaboyants e ipês os quais seguem em fila até a altura do viaduto da Uesb. Em seguida temos as palmeiras imperiais que se erguem grandiosas, justificando o próprio nome e avançam até os limites da última rotatória. Tudo isso é muito encantador.
No meio do caminho tem uma fonte, local de breves piqueniques; pais e filhos se divertem entre caminhantes e ciclistas, além dos velocípedes. É uma festa e em fim de semana e feriados prolongados, falta espaço para tanta gente, não tão ruidosa, que em conversas suaves desfilam ali.
Em certas ocasiões, flaboyants e ipês estendem tapetes florais que dá até pena de neles pisar, tão coloridos e suaves, parece que a natureza está a nos brindar de forma convidativa para permanecermos encantados. É um desses sonhos coloridos que nos faz retornar a um momento da inocência perdida.
A Olivia requer cuidados; poda artística das árvores e precisa de flores em canteiros, intercalados com passagens para pedestre. Um simples projeto de paisagismo daria um toque especial, claro que exige uma manutenção permanente e ela merece, pois representa um lugar especial no coração do conquistense, ademais faria mais completa a homenagem ao seu nome. VC241025
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