Jeremias Macário | a ecologia e a estupidez da economia

Foto: BLOG DO ANDERSON

Jeremias Macário de Oliveira | jornalista e escritor

O Governo Federal está gastando milhões (falam em cerca de R$ 700 milhões) com a COP30, em Belém, onde a estupidez da economia fala mais alto e vira as costas para a ecologia, caso específico dos imperialistas norte-americanos, do maluco Donald Trump, que nega o aquecimento global, incentiva mais indústrias poluidoras e a extração de combustíveis fósseis.  É a força da economia que desdenha da natureza, só que ela não perdoa e a primeira levará a humanidade à destruição. A maioria das nações, principalmente as mais desenvolvidas, como os Estados Unidos, nem está aí para o futuro das novas gerações. >>>>>.

O consumidor insensato, que tem o dinheiro como seu deus, também faz o mesmo. O capitalista avarento só pensa em obter o lucro, não importando se por meios ilícitos, com sua exploração predatória e corrupta, ao ponto de se esquecer que existe a morte.

  As multinacionais imperialistas, incluindo aí seus governantes negacionistas, chegam a comprar cientistas a peso de ouro, para disseminar ideias falsas e contrárias à realidade das mudanças climáticas. São treinados como cães para dizer ao mundo que o aquecimento global não passa de uma falácia e tome fake news.

  Quando falo de imperialistas gananciosos ainda com ideologias colonizadoras, como os ianques que se consideram enviados de Deus, não se trata de um discurso arcaico e atrasado. O cenário está aí e só não enxerga quem prefere a cegueira ao invés de encarar o real.

  A humanidade está se autodestruindo e construindo seu próprio apocalipse, que vem há séculos depredando, impiedosamente, a natureza. Não será preciso que Deus desça deslizando entre as nuvens em meio aos raios e trovões para o juízo final, como na canção profética de “O Trem”, do roqueiro baiano Raul Seixas.

  Sobre essas conferências do clima, como a de Belém, em meio a catástrofes e tragédias, com gastos exorbitantes, navios luxuosos, shows de estrelas, cobranças escandalosas de hospedagem das redes hoteleiras, seguranças máximas para os chefes de Estados (muitos deixaram de vir), elas estão desacreditadas e terminam em promessas que não serão cumpridas.

  Como forma de dar um bom exemplo e até pedir perdão pelas agressões ao meio ambiente e ao extermínio de milhões de pessoas, por que esses conferencistas não fazem suas conferências em ocas indígenas, choupanas, cabanas, casas de taipas num enorme galpão de chão batido?

  As próprias conferências, por incrível que pareçam, priorizam o consumismo exacerbado e até contribuem para mais emissão do gás carbônico no planeta. Infelizmente, são frustrantes porque, depois de assinarem os termos dos documentos, todos retornam para suas casas e pouco fazem para reduzir as temperaturas climáticas.

  Depois de séculos de destruição para obter riquezas e elevar o consumismo, inclusive com guerras genocidas e o uso de armas tecnologicamente sofisticadas, com suas bombas de substâncias químicas, não acredito mais nessa de virar o jogo, que ainda há tempo para recuperação, quando a natureza vem dando claramente seus sinais de revolta e que não mais suporta a mão mortífera do homem.

  É a estupidez da teoria econômica da elevação cada vez maior do PIB, do crescimento global, da luxúria dos mais ricos e poderosos e da insensatez do consumismo que estão sufocando a mãe terra, cuja natureza deixou de ser bem-estar da vida, para se tornar em morte.

Não existe mais convívio de um respeitar o outro, ser alimento mútuo, mas desarmonia, desagregação e canibalismo por parte dessa humanidade que sempre se comportou como superior à criação. É essa estupidez da economia que será extinta pela força da natureza lacerante porque foi ferida mortalmente.

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