LUTO: Então, lá se foi o guerreiro Jesuíno Pereira da Silva

Foto: Reprodução
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Depois de tantas negligências em sua dieta e medicação, que lhe foi negada por horas. Pois ontem em sua situação já agravada exigindo atenção e cuidados especiais que não lhe foram prestados tendo a sua última alimentação ontem e segunda do dia depois de muita briga, muita discussão, muito clamor é que foi ministrada. Ontem quando eu terminava de escrever o texto que enviei a todos vós eu fui informado que o nome dele se quer estava na lista de alimentação daquele dia, – isto relatado por um acompanhante de um paciente, que com muita tristeza no coração e indignado se disponibilizou a me ajudar por perceber minha dor, minha indignação e a minha preocupação pela saúde do meu pai. >>>>>>

Ontem o médico que estava de plantão pela manhã me disse as seguintes palavras, não só este como os anteriores, de que meu pai estando ali e o quadro dele se agravando haveria mais suporte do que qualquer outro lugar, pois imediatamente seria levado a UTI. Agora me vem na cabeça a seguinte pergunta: como um hospital que se quer preocupa em inserir a dieta de um paciente de risco com AVC em sua sonda vai perceber o agravo de sua enfermidade? E como eu já esperava e tendo plena certeza de que meu pai não resistiria tanto sofrimento, pois ontem no meu último ato de desespero tentei por inúmeras vezes transferi-lo de lá e isso me foi negado.

Lá se foi o guerreiro. Um dos muitos que ali passaram e quem sabe histórias piores que a minha, mas que não foi relatada por ninguém. Quantos heróis terão que morrer dessa maneira? Pessoas que com seu próprio sangue tentam escrever a sua história. Em um país onde tudo é mais caro, onde pagamos tão caro por esta SAÚDE que nos é prestada de forma tão caótica.

O que me deixa mais triste e desamparado é saber que o hospital referência para tratar e cuidar do meu pai foi para mim a pior referência de descaso, desamor e desumanidade, um lugar que me trouxe mais terror que um próprio terrorista e não tenho nenhuma dúvida de que ele morreu por falta de atenção de quem devia tratá-lo.
Lá se foi mais um guerreiro. Jesuíno Pereira da Silva. O pai, o guerreiro. Meu pai.

Jesuíno Filho


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