Reportagem da Revista Gambiarra: Baiano de Vitória da Conquista aguarda repatriação na Tailândia

Foto: Reprodução | Revista Gambiarra

Cobertura Especial Covid-19 – Revista Gambiarra

O Itamaraty estima que pelo menos 12 mil brasileiros já enfrentaram algum tipo de dificuldade para retornar ao país nos últimos dias devido ao fechamento de fronteiras como medida de contenção ao avanço do COVID-19. Desses, mais de cinco mil já conseguiram embarcar, enquanto o restante, quase sete mil, ainda aguarda repatriação. “A repatriação de brasileiros avança. Muitos já voltaram ao Brasil com apoio do Itamaraty, MinTur, Embratur, ANAC. Aos que ainda não conseguiram voltar: estamos trabalhando por todos vocês.”, publicou no Twitter o chanceler Ernesto Araújo. Confira a reportagem da Revista Gambiarra.

O baiano de Vitória da Conquista Adriano Leal, 28 anos, é um desses milhares que não conseguem voltar para casa. Ele vive em Luxemburgo (Luxemburgo), de onde presta serviços de turismo, organizando passeios no Vaticano e no Coliseu em Roma (Itália), mas encontra-se em Bankok (Tailândia), onde estava também a trabalho.

“De onde eu vim as pessoas sonham em viajar e acham isso impossível, eu uso o meu trabalho para mostrar que é possível. Dentro deste cenário de pandemia estou impossibilitado de voltar para casa e de trabalhar”, conta Adriano, que não pode mais ir a Itália ou voltar para Luxemburgo (para onde tem passagem comprada), pois ambos os países estão com as fronteiras fechadas.

O conquistense conta ainda que vive dias de tensão em razão da dificuldade na transmissão de informações pela Embaixada do Brasil em Bangkok. “Estou muito triste em ser brasileiro e precisar do meu país em um momento como esse. Eu estou aqui com o formulário de repatriação e eu assinei todas as folhas, mas diz aqui embaixo que eu deverei reembolsar o governo federal. Perguntei quanto seria este valor e recebi um ‘não sei’ como resposta”, desabafa.

Na próxima quinta-feira, 26, a Tailândia entrará em Estado de Emergência, que dentre outras medidas está a decretação de toque de recolher e a proibição de viagens.Adriano está em constante contato com a família e amigos no Brasil e mantém diálogo com o grupo de brasileiro na Tailândia, que ultrapassa 100 pessoas.


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