
Luiz Queiroz | livre pensador
Década de noventa, o movimento estudantil retornara ao cenário politico com muita força. As mobilizações se realizavam pela arte, gincanas culturais, festival de músicas, poesia. As caras eram pintadas com as cores da bandeira do Brasil, se ouvia muito a música “Coração de Estudante” de Milton Nascimento, “Pra não dizer que não falei das flores” de Gerado Vandré e as ruas eram tomadas pelo mais generoso sentimento de humanismo. A alma da juventude era beijada pelo sentimento de indignação pelas injustiças cometidas por décadas, pela ditadura militar e a excludência provocada pelo sistema econômico. Dos movimentos estudantis, dos grupos jovens da Igreja católica, das Comunidades Eclesiais de Base, surgiram vários e importantes líderes. Grêmios, associações de bairros, núcleos de base, muro pixado, panfletos rodados em mimeógrafo a álcool, reuniões até com as beatas da “Legião de Maria”, convocadas pela paróquia, estava valendo. O militante era o elo fundamental que ajudava a construir a consciência política de classes e manter viva a mobilização. Confira a íntegra.
































