Jeremias Macário
Quis sempre cobrir uma festa de arromba, mas sempre fui eliminado da lista como persona non grata, como aqueles barrados no baile, que ficam na entrada da portaria acompanhando o movimento de fora. Teve uma festa de arromba na Ilha do Governador, se não me engano lá pelos anos 60, que deu muito que falar e até hoje é comentada. Vez por outra, a festa, programada por reis, rainhas, duques, condes, marqueses, barões, tribunos, lordes, chefes e membros da nobreza, é contestada bravamente com manifestações de todo tipo, desde as pacíficas com palavras de ordem às mais agressivas com quebra-quebra, pichações e depredações. Dessa vez, os movimentos resolveram acompanhar os convidados em todos os lugares, fazendo barulhos e protestando contra a esbórnia que chegou a um nível intolerável de orgias.
















