Para o analista político Carlos Roberto Salvador, as eleições de outubro último (em que José Serra venceu na cidade que é a vitrine do PT) não podem servir de parâmetro. Para ele, o fraco desempenho do prefeito Guilherme Menezes pode ser alterado nos próximos anos. “Ainda é cedo para se avaliar tecnicamente, e apostar nessa mesma tendência nas eleições municipais seria, no mínimo, precipitado”, pondera. Procurado por meio da sua assessoria, Menezes não se manifestou. Nos bastidores, aliados asseguram que o prefeito buscará a reeleição, mesmo sem contar com aliados históricos, como PCdoB, PV e PSB, que devem lançar candidaturas próprias. Para tentar romper o isolamento e as críticas que recebe do ex-aliado Herbem Gusmão (que mantém um programa de rádio), Guilherme retomou uma agenda de aparições públicas e de afagos a correligionários. Menezes decidiu também incluir no orçamento municipal a cota de R$ 100 mil para cada vereador aplicar em obras nas suas bases. Só com essa medida, o governo municipal vai gastar R$ 1,5 milhão a mais no ano pré-eleitoral de 2011.
(Juscelino Souza | A Tarde)