A nota do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) pode ser utilizada por headhunters e profissionais de Recursos Humanos na hora de contratar um profissional. A informação é do consultor de RH e diretor da Bazz Recursos Humanos, Celso Bazzola. Ele, no entanto, afirma que nem todas as empresas fazem isso, ou o fazem apenas para diferenciar candidatos semelhantes. “As grandes empresas utilizam essa informação, justamente para o desempate. Se, em caso de dois candidatos muito iguais, um deles se formou em uma universidade que teve uma nota maior, isso pode ser considerado”, afirma. A prática ainda não é tão comum em empresas de menor porte, acredita Bazzola. “Como o Brasil é movido por pequenas e médias empresas, esse critério ainda não é tão observado”, explica. Para não assustar os futuros candidatos, ele também esclarece que tudo é feito com cautela.
“(O Enade) é uma média de todos os estudantes, então você não pode penalizar um grande profissional porque outros estudantes daquela instituição tiveram uma nota menor”, opina. A vice-presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Margot Azevedo, concorda que a prática não é muito utilizada, mas que o mercado ainda valoriza uma instituição de renome. “Embora hoje isso tenha um peso menor, o mercado ainda valoriza instituições que são nomes de referência na formação de algumas áreas, como a FGV na área de negócios, a ESPM na área de marketing”, diz. Para ela, os profissionais de RH ou daquela área já sabem quais são essas instituições, sem precisar da indicação do Enade. Confira a reportagem do Correio.