
O verão de 2014 entrou para a história da vida de Adriel. Em fevereiro daquele ano, ele conquistaria pela primeira vez o direito a ter sua identidade masculina reconhecida de forma institucional. Nascido com o sexo feminino e batizado como Adriele Souza Silva, o conquistense de 21 anos obteve o reconhecimento ao se matricular no curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Vitória da Conquista. “A FTC foi o primeiro lugar que me respeitou mesmo. Na matrícula, pedi para mudar o nome para Adriel e isso foi feito em três dias. Mudou nas provas, na chamada… Eu fiquei muito surpreso e grato com a FTC”, declarou.
Após cursar quatro semestres, Adriel resolveu mudar de curso e hoje está na área de saúde, estudando em um curso técnico de Enfermagem, onde busca reforçar sua identidade masculina estando em um corpo feminino, Adriel é transexual, pessoa cujo gênero biológico se difere da identidade sexual. Mas seus laços com a FTC não foram cortados. No início deste ano, ele procurou o Núcleo de Práticas Jurídicas da faculdade para auxiliá-lo a dar entrada num processo de requalificação civil, com o objetivo de mudar o nome em seus documentos oficiais e ter sua identidade sexual reconhecida pela Justiça. Confira na íntegra a reportagem de Mário Bittencourt.