
Paulo Pires
Poucos esportes refletem tanto a Vida como o futebol. Suas regras, seu campo de atuação, seus personagens, suas ilusões, suas oportunidades concretizadas e perdidas, seus esforços úteis e inúteis, seus sonhos e pesadelos, nenhum esporte, quando praticado por times equivalentes é mais imprevisível que uma partida de futebol.
O passe, o drible, o cabeceio, o tempo atrasado, o tempo exato, a visão do campo, a visão do adversário, do companheiro, a bola passando a frente, a perna, o corpo pesando, não alcançando, a lamentação pelo chute na trave, a bola fora, o pênalti convertido ou perdido, são movimentos que às vezes são feitos ou desfeitos por sorte e infortúnios representando sonhos e pesadelos que o homem, por ventura ou desventura vivencia simultaneamente. Tudo no futebol, como na vida, tem um ritmo difícil, quase inexplicável. Por isso, para o futebol a para a vida cabe a pergunta: Por que certos lances dão certo e por que outros não?